Monstros do Rio: os 4 peixes mais perigosos do Brasil Ainda sem avaliações.

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Conheça os 4 verdadeiros monstros do rio brasileiros

Muitas lendas e histórias de pescador envolvem personagens sinistros e assustadores, mas você sabia que o Brasil possui verdadeiros “Monstros do Rio” nadando por aí em águas calmas dos nossos rios?

Talvez você já tenha ouvido falar, ou até mesmo já tenha pescado algum ou alguns desses peixes que vamos citar aqui, mas se você ficou curioso e quer saber de quais espécies perigosas dos nossos rios que estamos falando, siga essa leitura.

Porque “Monstros do Rio”?

O termo “Monstros do Rio” ficou conhecido por ser o nome de um famoso programa do Animal Planet, estrelado pelo pescador, apresentador e biólogo Jeremy Wade. Inclusive, Jeremy já filmou diversos episódios no Brasil, mostrando investigações sobre peixes que possam ser “devoradores de gente”. De certa forma, às vezes o conteúdo do programa pode parecer um tanto quanto “exagerado”, mas assim mesmo é muito popular entre os pescadores e pessoas que curtem conteúdos da natureza. Atualmente Jeremy é o apresentador do programa Rios Grandiosos do mesmo canal.

Mas afinal, existem esses monstros nos rios brasileiros? É sobre isso que vamos tratar a seguir.


Estes são os 4 verdadeiros monstros dos rios do Brasil

Se você pode acreditar em monstros do rio, precisa saber que estas 4 espécies são as mais credenciadas para esse título assustador, e por bons motivos que vamos explicar a seguir. Confira.

1. Poraquê ou Peixe Elétrico ou Enguia Elétrica (Electrophorus electricus)

poraquê monstros do rio

O Poraquê é daqueles peixes que silenciosamente podem ser letais, devido à sua descarga elétrica potente e à forma como esse peixe nada, no fundo de pequenos riachos lamacentos e rasos. Uma pessoa pode facilmente pisar em um peixe desses e tomar uma descarga elétrica fatal.

Também conhecido como “Peixe Elétrico da Amazônia”, o Poraquê (Electrophorus electricus) o poraquê possui um corpo alongado, escorregadio e cilíndrico, podendo chegar a mais de 2,5 metros de comprimento, sendo o único peixe-elétrico capaz de gerar voltagens acima de 500 volts.

Segundo o Portal Amazônia, um estudo publicado em 2019, revelou que existem ao menos 3 espécies de poraquês catalogadas. Em uma dessas novas espécies encontradas, a voltagem do animal pode chegar a 860 volts, considerado o animal mais elétrico do mundo, entrando no Guiness Book, anteriormente o recorde era de 650 volts.

Com essas características, fica bem evidente que você não vai querer estar no mesmo curso de água que este monstro do rio brasileiro.

2. Arraia de Água Doce (Potamotrygon motoro), (Potamotrygon falkneri), (Potamotrygon wallacei) e (Potamotrygon leopoldi)

arraia de água doce monstros do rio

Outro peixe muito perigoso para os humanos é a Arraia ou Raia de água doce. No Brasil, algumas arraias podem ser encontradas em rios. Você pode saber mais sobre isso visitando o nosso artigo: Peixe Arraia: espécies brasileiras de água doce e salgada.

Acidentes com arraias são muito comuns na região amazônica e representam 88% dos casos de acidentes com arraias em todo o Brasil. Os acidentes com arraias ocorrem principalmente na época seca, provavelmente devido ao maior uso das praias pelas pessoas e pelas próprias arraias, que costumam ficar camufladas na areia e folhiço das águas rasas das margens dos rios, oque dificulta que elas sejam vistas. 

Apesar dos acidentes com arraias serem comuns na nossa região, ainda não existe antídoto e nem tratamento específico para a ferroada, principalmente pela complexidade do veneno que muda de composição mesmo dentro de uma mesma espécie. Fonte: Portal Amazônia.

Por via das dúvidas, é melhor evitar pisar ou ficar na mira do ferrão de uma arraia de água doce não é mesmo?

3. Piranha (Pygocentrus nattereri), (Serrasalmus rhombeus) e (Serrasalmus Maculatus)

piranha

Se tem uma espécie de peixe que é capaz de gerar um verdadeiro pavor entre as pessoas é a Piranha. Mas não existe apenas uma espécie de piranha no Brasil, mas sim algumas. As principais são a Piranha vermelha e a Piranha preta, essa segunda um pouco mais agressiva.

As piranhas atacam em cardumes de dezenas ou centenas de peixes, e sua vítima pode ser devorada em alguns minutos. Um dos maiores cuidados que podem ser tomados pelos humanos é de não se banhar com feridas abertas ou sangue correndo em rios que se saiba por ser habitat de piranhas. Nunca é demais evitar um ataque desses.

4. Candirú (Vendellia cirrhosa)

candirú
Picture by Sazima, I. | Reprodução Fishbase

O candiru é da família Trichomycteridae, em que estão inseridas mais de 280 espécies em cerca de 40 gêneros, muitos conhecidos como parasitas, e medem de 5 a 12 centímetros.

Algumas espécies são hematófagas, pois se alimentam de sangue, entre elas, as mais populares na região Amazônica são os do gênero Vandellia. E há candirus que são carnívoros, no sentido de se alimentarem de microcrustáceos e invertebrados aquáticos”, pontua o Professor Doutor Edinbergh Caldas de Oliveira, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), especialista em ecologia dos peixes amazônicos. Fonte: Portal Amazônia.

Para evitar acidentes como candiru, o professor Edinbergh dá algumas dicas.

“Ao entrar na água, não entre nu, e não urine ou defeque, e mulheres evitem entrar menstruadas, pois o sangue vai atrair os candirus. Nos igarapés, por exemplo, não existem espécies hematófogas, mas em rios e lagos, é bom manter o cuidado, mas ele não vai furar a roupa de banho, o máximo é ele tentar furar a perna e daí é só sair da água e tratar do ferimento, se houver”, alerta.


Considerações finais

Embora haja muitas histórias de pescadores que relatam os perigos desses peixes, o número de acidentes fatais envolvendo essas espécies não é tão grande assim como as histórias contam. Mesmo assim, esses peixes representam perigo real, e sim, podem proporcionar momentos difíceis para pescadores e ribeirinhos que possam dar de cara com eles por esses rios do Brasil.

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