Descubra os principais peixes de mar que atacam isca artificial e aprenda as melhores técnicas para capturá-los com eficiência
A pesca com isca artificial na água salgada vem conquistando cada vez mais adeptos no Brasil e no mundo com espécies de peixes de mar altamente esportivos. A possibilidade de capturar espécies esportivas sem o uso de iscas naturais atrai pescadores que buscam praticidade, sustentabilidade e uma experiência mais dinâmica. No entanto, para ser bem-sucedido, é fundamental conhecer o comportamento dos peixes e o tipo ideal de isca artificial para cada espécie.
Ao contrário do que muitos pensam, existem diversas espécies de peixes no mar que reagem muito bem a isca artificial, sendo possível pescá-las em diferentes condições e profundidades. Peixes como corvinas, anchovas, dourados, robalos, sargos, marlins, espada, peixe-vela, atum, linguado, manjuba, peixe-rei e tainha são apenas alguns exemplos de predadores que atacam plugs, jigs, spinners, softs e até mesmo sabikis com surpreendente agressividade.
Neste artigo, vamos explorar as principais espécies de peixes de mar que podem ser pescadas com isca artificial, detalhando quais são as melhores iscas para cada uma, como usá-las corretamente e em que situações elas funcionam melhor. Prepare sua tralha, pois com esse conhecimento, suas chances de sucesso na pesca esportiva com artificiais no mar vão aumentar significativamente.
Corvina: excelente resposta a jigs e microjigs
A corvina é um peixe muito apreciado tanto pelo sabor quanto pela esportividade. No mar, ela pode ser encontrada em fundos arenosos ou de lama, muitas vezes em locais próximos a estruturas submersas. Para capturá-la com iscas artificiais, os jigs e microjigs são as melhores opções. Esses artificiais devem ser trabalhados rente ao fundo com toques sutis de ponta de vara, simulando pequenos crustáceos ou peixes feridos.
A movimentação intermitente é essencial, pois a corvina costuma atacar em momentos de pausa ou mudança de ritmo. Jigs com peso entre 10g e 30g são ideais, dependendo da profundidade e da correnteza local. O uso de jig heads combinados com softs também pode ser eficiente em determinadas regiões costeiras.
Anchova: agressividade garantida com plugs
A anchova é um dos peixes de mar mais agressivos do litoral brasileiro, sendo facilmente atraída por iscas artificiais tipo plugs de superfície e meia-água. Iscas como zaras, poppers e sticks provocam ataques explosivos, principalmente em dias de mar mais calmo. Essa espécie costuma caçar em cardumes e se movimenta em grande velocidade, sendo recomendável utilizar recolhimentos rápidos e contínuos.
A pescaria de anchovas é ideal em áreas com grande movimentação de iscas naturais, como enseadas, costões e saídas de rios. Os plugs devem imitar sardinhas, manjubas ou outros peixes pequenos, sendo que os modelos com cores vivas e brilho são os mais eficazes em água salgada.
Dourado: explosões na superfície com plugs
O dourado-do-mar (mahi-mahi) é uma espécie espetacular para a pesca esportiva, não apenas pela beleza, mas também pelas acrobacias e força durante a briga. Essa espécie responde incrivelmente bem a plugs de superfície, especialmente em áreas próximas a estruturas flutuantes, como troncos, algas ou até boias.
Popper e stickbait são as iscas mais utilizadas, pois geram bastante ruído e turbulência, chamando a atenção mesmo a longas distâncias. É fundamental usar equipamento de maior resistência, já que o dourado costuma dar saltos e correrias intensas. As cores chamativas e movimentos erráticos são os mais eficientes para esse predador.
Robalo: versatilidade com softs e plugs
O robalo é um peixe muito inteligente e desconfiado, exigindo técnica e discrição por parte do pescador. Felizmente, ele responde bem tanto aos softbaits — como shads e camarões artificiais — quanto aos plugs de meia-água. Os softs devem ser trabalhados lentamente, com toques leves de vara e pausas estratégicas.
Nos plugs, os modelos que imitam pequenos peixes estuarinos costumam ser mais eficientes, especialmente quando usados com recolhimento lento e contínuo. Locais com estruturas submersas, como pedras, manguezais e pilares, são ótimos pontos para encontrar robalos.
Sargo: precisão com jigs leves
O sargo é um peixe de fundo, presente em costões rochosos e locais de corrente moderada. Pequenos jigs metálicos e microjigs são altamente eficientes na pesca dessa espécie, desde que trabalhados de forma lenta e próxima ao substrato. Eles imitam pequenos crustáceos ou moluscos, parte essencial da dieta do sargo.
O segredo está em usar linhas finas e varas sensíveis para sentir os toques discretos do peixe. O trabalho da isca deve ser sutil, simulando uma presa fácil. A pesca de sargos com artificiais é desafiadora, mas extremamente gratificante.
Marlin: força e espetáculo com plugs, poppers e jigs
O marlin é um dos maiores troféus da pesca oceânica. Este predador de grande porte pode ser atraído por uma variedade de iscas artificiais, incluindo plugs de alta performance, poppers, jigs pesados e até softbaits grandes. O ideal é trabalhar as iscas com velocidade e movimento constante para simular peixes em fuga.
A pescaria de marlin é geralmente feita em alto-mar, com uso de barcos especializados e equipamentos robustos. Poppers grandes, que criam muita turbulência, costumam ser os favoritos para provocar ataques violentos na superfície.
Peixe-Espada: agressividade com spinners e plugs
O peixe-espada é um predador voraz que caça em águas profundas e noturnas. Os spinners e plugs com brilho intenso são os melhores artificiais para atrair essa espécie. O recolhimento deve ser rápido e contínuo, simulando um peixe em fuga.
É fundamental usar equipamentos resistentes e multifilamento de qualidade, pois o peixe-espada possui dentes afiadíssimos e faz ataques potentes. Essa é uma pescaria noturna, onde a presença de luz artificial pode ajudar a concentrar os cardumes.
Peixe-Vela e Atum: versatilidade e potência com plugs, poppers e jigs
Tanto o peixe-vela quanto o atum são caçadores incansáveis, muito procurados por pescadores esportivos. Eles atacam iscas artificiais com grande violência, principalmente plugs e poppers grandes. Jigs pesados também funcionam bem, principalmente em águas mais profundas.
A técnica de pesca com essas espécies exige bom preparo físico, já que os combates são longos e intensos. As iscas devem ser lançadas à frente dos cardumes, com recolhimento acelerado. Softbaits grandes também funcionam bem em situações específicas.
Linguado: eficácia com camarões soft
O linguado é um predador de fundo, bastante camuflado e paciente. Para pescá-lo com isca artificial, os camarões soft são imbatíveis. Eles devem ser trabalhados lentamente no fundo, com toques sutis de vara e pausas frequentes.
O linguado ataca quando a isca passa rente ao seu esconderijo. Por isso, o uso de jig heads apropriados para fundo é essencial. A cor natural e o tamanho adequado do softbait aumentam significativamente as chances de captura.
Manjuba, Peixe-Rei e Tainha: ação garantida com sabiki
As manjubas, peixes-reis e tainhas podem ser pescados com sucesso utilizando sabikis, especialmente os modelos com penas coloridas e pequenas contas brilhantes. Para tainhas, o uso de corante vermelho nas penas pode aumentar a atratividade da isca.
Essas espécies costumam se agrupar em grandes cardumes, sendo comum capturar várias em uma única puxada. O sabiki pode ser usado a partir de trapiches, costões ou até mesmo embarcado, com recolhimento intermitente em profundidade variável.
Conclusão
A pesca com iscas artificiais no mar não apenas é possível, como também pode ser extremamente produtiva e emocionante com peixes que brigam de forma alucinante. O segredo está em entender o comportamento de cada espécie e utilizar a isca correta, no local e momento mais apropriados. Corvinas, anchovas, dourados, robalos, marlins e tantas outras espécies reagem bem aos diferentes tipos de artificiais, desde que bem trabalhados.
Adotar essa modalidade traz inúmeros benefícios, como maior mobilidade, menos dependência de iscas naturais e uma pegada mais ecológica. Para quem busca aprimorar sua técnica e viver grandes emoções à beira-mar, dominar o uso de iscas artificiais é um passo fundamental. Com prática, paciência e conhecimento, os resultados virão — e os grandes peixes também.
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