Descobrindo as Maravilhas do Tucunaré: Um Guia Completo das Espécies Brasileiras
O Brasil, conhecido por sua rica biodiversidade, abriga uma das mais fascinantes espécies de peixes: o Tucunaré.
Este peixe, não apenas é um ícone nas águas brasileiras, mas também um favorito entre os pescadores e entusiastas da natureza.
Neste artigo, vamos explorar as várias espécies de Tucunaré encontradas no Brasil, destacando suas características únicas, habitats e a importância de sua preservação.
15 espécies de Tucunaré do Brasil
Tucunaré Açú/Paca Açú – Cichla temensis – Humboldt, 1821
O Tucunaré Açú, também conhecido como Paca Açú, é uma espécie majestosa encontrada principalmente na região do Amazonas. Este peixe impressiona não só pela beleza de suas cores, mas também pelo seu tamanho, podendo alcançar até 15kg. Sua presença é um indicativo da saúde dos ecossistemas aquáticos da região.
Tucunaré Pinima – Cichla pinima – Kullander & Ferreira, 2006
O Tucunaré Pinima, encontrado no Amazonas, Bahia e Rondônia, é outra espécie que chama atenção. Com um peso máximo de 12kg, ele se destaca pela sua coloração vibrante e padrões distintos, tornando-o um alvo popular para a pesca esportiva.
Tucunaré – Cichla vazzoleri – Kullander & Ferreira, 2006
Encontrado nas mesmas regiões que o Tucunaré Pinima, o Cichla vazzoleri tem um peso máximo de 10kg. Esta espécie é conhecida por sua resistência e habilidade de adaptação, o que a torna uma peça chave no equilíbrio dos ecossistemas aquáticos locais.
Tucunaré Azul – Cichla piquiti – Kullander & Ferreira, 2006
O Tucunaré Azul, presente em estados como Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e Tocantins, é uma espécie menor, com peso máximo de 7kg. Sua cor azulada é distintiva e muito apreciada por pescadores e admiradores.
Tucunaré Royal – Cichla intermedia – Machado-Allison, 1971
Esta espécie, encontrada no Amazonas, tem um tamanho médio, com peso máximo de 6kg. O Tucunaré Royal é conhecido pela sua bela coloração e pela sua importância na cadeia alimentar dos rios amazônicos.
Tucunaré – Cichla melaniae – Kullander & Ferreira, 2006
O Cichla melaniae, presente no Amazonas e Pará, tem um peso máximo de 6kg. Esta espécie é um exemplo da diversidade e da riqueza biológica encontrada nas águas brasileiras.
Tucunaré Fogo – Cichla mirianae – Kullander & Ferreira, 2006
Encontrado exclusivamente no Amazonas, o Tucunaré Fogo, com seu peso máximo de 6kg, é conhecido por sua coloração intensa e vibrante, refletindo a paixão e a energia dos rios em que habita.
Tucunaré Borboleta – Cichla orinocensis – Humboldt, 1821
Esta espécie, também exclusiva do Amazonas, tem um peso máximo de 6kg. O Tucunaré Borboleta é admirado pela beleza de seus padrões, que lembram as asas de uma borboleta.
Tucunaré Pitanga – Cichla pleiozona – Kullander & Ferreira, 2006
O Tucunaré Pitanga, encontrado somente em Rondônia, pode chegar a 5,5kg. Sua presença é um indicativo da saúde dos rios da região, sendo um importante componente do ecossistema local.
Tucunaré Jari – Cichla jariina – Kullander & Ferreira, 2006
Esta espécie, com peso máximo de 4,5kg, é encontrada no Amazonas e é mais uma prova da grande variedade de Tucunarés no Brasil.
Tucunaré – Cichla thyrorus – Kullander & Ferreira, 2006
Encontrado no Amazonas e Pará, o Cichla thyrorus tem um peso máximo de 6kg. Esta espécie destaca-se pela sua robustez e adaptabilidade.
Tucunaré Popoca – Cichla monoculus – Agassiz, 1831
O Tucunaré Popoca, encontrado no Amazonas, é uma das menores espécies, com peso máximo de 3,5kg, mas não menos importante para a biodiversidade da região.
Tucunaré Borboleta Flórida – Cichla ocellaris – Bloch & Schneider, 1801
Esta espécie, presente no Amazonas, Minas Gerais e São Paulo, também tem um peso máximo de 3,5kg. Sua beleza é um espetáculo à parte nas águas brasileiras.
Tucunaré Amarelo – Cichla kelberi – Kullander & Ferreira, 2006
O Tucunaré Amarelo, presente em uma vasta região do Brasil, tem um peso máximo de 3kg. Sua cor amarela vibrante é um verdadeiro destaque nas águas em que habita.
Tucunaré Tauá – Cichla nigromaculata – Jardine & Schomburgk, 1843
Finalmente, o Tucunaré Tauá, encontrado somente no Amazonas, com peso máximo de 3kg, completa nossa lista, demonstrando a incrível diversidade de espécies de Tucunaré no Brasil.
Qual a origem dos nomes “Tucunaré” e “Peacock Bass”
O nome “Tucunaré” vem de fato das palavras da língua Tupi: “tucun”, que significa “árvore”, e “aré”, que significa “amigo”. Portanto, “Tucunaré” pode ser traduzido como “amigo da árvore”. Esta denominação provavelmente está relacionada ao hábito deste peixe de se abrigar e caçar perto de estruturas submersas, como troncos e raízes de árvores, nos rios e lagos onde vive. Esta característica é uma estratégia importante para sua sobrevivência e caça, tornando-o um elemento fundamental nos ecossistemas aquáticos onde habita.
Em inglês
Já o termo “Peacock Bass”, usado para se referir ao Tucunaré em inglês, é uma tradução mais livre. “Peacock” significa “pavão” em inglês, e “bass” é um termo genérico para peixes de água doce de determinadas famílias, como a Centrarchidae. Este nome provavelmente foi dado devido à aparência colorida e marcante do Tucunaré, que lembra as plumas de um pavão. Assim, “Peacock Bass” pode ser entendido como “Robalo Pavão”, uma referência à beleza exuberante desses peixes.
Como pescar o Tucunaré?
A pesca do Tucunaré é uma atividade popular e desafiadora, apreciada por muitos pescadores esportivos. Aqui estão algumas dicas e técnicas para pescar o Tucunaré com sucesso:
Escolha do Equipamento:
Varas: Prefira varas de ação média a pesada, com boa resistência para suportar os ataques vigorosos do Tucunaré.
Carretilhas ou Molinetes: Escolha carretilhas ou molinetes que comportem linhas mais resistentes e permitam lançamentos precisos.
Linhas: Use linhas de monofilamento ou multifilamento, com resistência de 14 a 25 libras, dependendo do tamanho dos peixes na área.
Iscas: As iscas artificiais são as mais eficazes, como poppers, stickbaits, crankbaits, jigs e iscas de superfície. A escolha da isca pode depender do comportamento dos peixes e das condições da água.
Técnicas de Pesca:
Pesca com Iscas Artificiais: Trabalhe a isca de forma a imitar um peixe ferido ou uma presa fácil. Alterne movimentos rápidos e lentos.
Pesca de Arremesso: Lance a isca próximo a estruturas como troncos, pedras ou margens, locais onde os Tucunarés costumam se esconder.
Localização e Hora do Dia:
Águas Claras e Escuras: Os Tucunarés podem ser encontrados tanto em águas claras quanto turvas. Em águas claras, prefira iscas com cores naturais; em águas turvas, iscas com cores vibrantes podem ser mais eficazes.
Melhores Horários: O amanhecer e o entardecer são geralmente os melhores momentos para pescar Tucunarés, pois é quando eles estão mais ativos na busca por alimento.
Técnicas de Arremesso:
Pitching e Flipping: São técnicas eficazes para áreas com muita vegetação ou estruturas, permitindo lançamentos precisos e discretos.
Respeito ao Meio Ambiente:
Pesca Sustentável: Pratique a pesca esportiva responsável, preferindo a captura e soltura. Isso ajuda a preservar a população de Tucunarés e o equilíbrio ecológico.
Atenção ao Comportamento do Peixe:
Observação: Fique atento a sinais como movimentações na água ou peixes caçando na superfície, que podem indicar a presença de Tucunarés.
Segurança:
Equipamento de Segurança: Sempre leve itens de segurança como coletes salva-vidas, especialmente se estiver pescando de barco.
Lembre-se de que a pesca do Tucunaré pode variar bastante dependendo da região e das condições locais. Portanto, é sempre útil obter informações e dicas de pescadores experientes da área onde você planeja pescar.
Conclusão
A diversidade das espécies de Tucunaré no Brasil é um tesouro nacional, refletindo a riqueza dos ecossistemas aquáticos do país. Cada espécie, com suas características únicas, contribui para o equilíbrio ambiental e oferece oportunidades únicas para a pesca esportiva e estudos ambientais.
É essencial reconhecer a importância da preservação destes peixes, garantindo a saúde dos nossos rios e a continuidade dessa rica biodiversidade para as futuras gerações.
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