Uma visão geral sobre as duas principais espécies brasileiras de Corvina
A corvina é um peixe popular tanto em águas salgadas quanto em doces no Brasil. Este artigo aborda as características, habitat e principais espécies encontradas no país.
As corvinas são conhecidas por seu corpo alongado e comprimido, com tonalidades que variam do prateado ao marrom. Esses peixes possuem espinhos dorsais e anais, além de raios moles que são importantes na sua identificação. Elas têm um comportamento alimentar diversificado, que muda conforme o estágio de vida e a estação do ano.
As corvinas podem ser encontradas em diferentes habitats, variando de águas costeiras e estuários a rios e lagos. Elas preferem fundos lamacentos e arenosos, onde encontram sua principal fonte de alimento. A distribuição dessas espécies abrange grande parte das Américas, sendo encontradas desde a Costa Rica até a Argentina, e também em abundância no Brasil.
Principais Espécies de Corvina no Brasil
Micropogonias furnieri (Corvina do Mar)
Descrição e Identificação
A corvina do mar, Micropogonias furnieri, é uma das espécies mais conhecidas e amplamente distribuídas. Este peixe ósseo pertence à família Sciaenidae e é comum nas águas rasas do sul do continente americano, especialmente na Argentina, Brasil e Uruguai. No Chile, sua presença é limitada ao Lago Budi.
Essa corvina pode atingir cerca de 70 cm de comprimento e possui um corpo alongado de tonalidade prateada a marrom. Seus espinhos dorsais e anais, junto com os raios moles, são características distintivas. Popularmente, é conhecida por diversos nomes, incluindo cascudo, corvineta e cupá.
Habitat e Comportamento
A corvina do mar habita fundos lamacentos e arenosos em águas costeiras e estuários, onde encontra seu alimento. Os juvenis se alimentam de crustáceos e moluscos, enquanto os adultos preferem bentos e ocasionalmente capturam outros peixes. Essa espécie realiza migrações sazonais e é uma importante fonte de alimento, sendo comercializada fresca e salgada.
Distribuição e Faixa de Profundidade
Esta corvina é encontrada no Atlântico ocidental, desde as Grandes Antilhas até a Argentina, e é particularmente abundante no Brasil. Ela prefere profundidades que variam de 20 a 40 metros, embora possa ser encontrada até 60 metros.
Iscas para Pescar Corvina do Mar
Pescar corvina do mar requer o uso de iscas adequadas para atrair esta espécie. As iscas naturais são bastante eficazes, incluindo camarões, pequenos peixes como sardinhas, e moluscos. Essas iscas são ideais para capturar corvinas maiores, pois simulam o alimento natural que elas encontram em seu habitat. Além disso, iscas artificiais como jigs, micro jigs e jigheads também podem ser usadas, especialmente em condições de águas mais claras onde a visibilidade é alta.
Técnicas Mais Comuns para Pescar Corvina do Mar
As técnicas para pescar corvina do mar variam conforme o ambiente e as condições de pesca. A pesca de fundo é uma das mais comuns, onde a isca é lançada no fundo do mar usando chumbadas para mantê-la no lugar. Outra técnica popular é a pesca com linha de mão, que é eficiente e prática para áreas com grande concentração de corvinas. A pesca embarcada, utilizando varas mais robustas e carretilhas, também é amplamente utilizada para capturar essas corvinas. O uso de micro jigs e jigheads com camarões soft é especialmente eficaz na pesca embarcada em profundidades médias e locais com estrutura, permitindo uma apresentação mais atraente da isca.
Plagioscion squamosissimus (Corvina de Água Doce)
Descrição e Identificação
Conhecida popularmente como Cruvina, Pescada-Branca e Pescada-do-Piauí, a Plagioscion squamosissimus é uma corvina de água doce que habita diversos rios e reservatórios do Brasil. Sua coloração prata azulada e a presença de dentes recurvados e pontiagudos são características marcantes.
Esta espécie pode alcançar mais de 50 cm de comprimento e até 4,5 kg. Ela é capaz de produzir sons audíveis através de músculos associados à bexiga aérea, funcionando como uma câmara de ressonância.
Habitat e Comportamento
A corvina de água doce prefere poços, remansos e locais fundos. Ela é piscívora, alimentando-se de outros peixes e camarões. O período de desova ocorre durante o ano todo, com um pico entre setembro e outubro.
Distribuição e Introdução em Outras Regiões
Naturalmente encontrada nos rios Parnaíba, Trombetas, Negro e Amazonas, esta espécie foi introduzida em outras bacias hidrográficas, como as do Paraná, Prata e São Francisco, e em açudes do Nordeste, por empresas do setor hidrelétrico.
Iscas para Pescar Corvina de Água Doce
Para a pesca da corvina de água doce, iscas vivas como lambaris, tuviras e pequenos camarões são altamente eficazes. Essas iscas atraem a corvina por sua semelhança com as presas naturais. Além disso, iscas artificiais como shads, micro jigs e jigheads também podem ser utilizadas, especialmente em áreas onde a visibilidade da água é menor e a corvina precisa confiar mais em seu senso de vibração e movimento.
Técnicas Mais Comuns para Pescar Corvina de Água Doce
A pesca de corvina de água doce geralmente envolve técnicas como a pesca de fundo, onde a isca é posicionada próxima ao fundo do rio ou reservatório. Outra técnica eficaz é a pesca embarcada com varas de ação média a pesada e carretilhas robustas, permitindo cobrir maiores áreas e ajustar rapidamente a profundidade da isca conforme necessário. O uso de micro jigs e jigheads com shads ou camarões soft também é popular, pois permite uma apresentação natural das iscas.
Conclusão
A corvina é um peixe de grande importância ecológica e econômica no Brasil, presente tanto em águas salgadas quanto doces. Suas diversas espécies, como a Micropogonias furnieri e a Plagioscion squamosissimus, são amplamente distribuídas e possuem características únicas que as tornam objeto de estudo e interesse para pescadores e cientistas. Compreender suas características e habitat é essencial para a preservação e exploração sustentável dessas espécies.
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