60 Peixes de Água Salgada e Suas Características Ainda sem avaliações.

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Conheça as principais espécies marinhas, seus hábitos, distribuição e importância para a pesca

Os mares e oceanos que banham o litoral brasileiro e outras regiões tropicais e temperadas do planeta são lar de uma incrível diversidade de espécies de peixes de água salgada. Entre elas, os peixes de água salgada ocupam um papel fundamental, seja na cadeia alimentar marinha, na subsistência de comunidades costeiras ou como alvo da pesca comercial e esportiva.

Neste artigo, você conhecerá 60 espécies de peixes de água salgada, com informações essenciais sobre seus hábitos, distribuição geográfica, importância econômica e como são pescados. Cada espécie foi descrita de forma objetiva, para que pescadores, biólogos, comerciantes de pescado e amantes do mar possam consultar facilmente e enriquecer seus conhecimentos sobre os habitantes do ambiente marinho.

Esta é uma das listas mais completas e organizadas disponíveis na internet para quem busca entender melhor o universo dos peixes de água salgada.


60 peixes de água salgada

  • Agulhão-bandeira – Istiophorus albicans
    Peixe veloz com longa nadadeira dorsal em forma de vela, comum em águas tropicais. É um dos mais valorizados na pesca esportiva oceânica, principalmente pelo desafio que oferece. Não tem alto valor comercial por sua carne fibrosa, mas é ícone em torneios de pesca.
  • Albacora-branca – Thunnus alalunga
    Espécie oceânica com barbatana longa, procurada na pesca comercial. Sua carne clara é bastante apreciada, especialmente para enlatados. Ocorre em águas temperadas de mar aberto e é pescada com espinhel de superfície.
  • Albacora-laje – Thunnus albacares
    Popularmente conhecida como atum-amarelo, é muito valorizada na indústria pesqueira. Vive em cardumes em alto-mar e sua carne é nobre, usada principalmente na culinária japonesa. Captura-se por espinhel ou vara e linha.
  • Anchova – Pomatomus saltatrix
    Peixe agressivo e predador, comum em costões e praias. É um dos favoritos na pesca esportiva de arremesso e também tem importância comercial. Vive em águas costeiras do Atlântico Sul e outras regiões subtropicais.
  • Arraia-do-sul – Dasyatis americana
    Habita fundos arenosos e lamacentos, onde se alimenta de invertebrados. Embora não seja alvo frequente de pescarias, pode ser capturada acidentalmente. Apresenta risco de ferroada, e sua carne é pouco valorizada.
  • Bagre-branco – Genidens genidens
    Espécie estuarina e costeira, adaptada a águas salobras. Alimenta-se no fundo e tem importância para a pesca artesanal. Sua carne é consumida localmente, e a espécie tolera ambientes poluídos.
  • Bagre-urutu – Cathorops spixii
    Pequeno bagre comum em manguezais e desembocaduras de rios. Alimenta-se de detritos e pequenos crustáceos. É usado em subsistência e possui ferrões que exigem cuidado no manuseio.
  • Baiacu-chifrudo – Acanthostracion quadricornis
    Peixe recifal de corpo rígido e aparência peculiar, com “chifres” protetores. Alimenta-se de pequenos invertebrados e é considerado ornamental. Não deve ser consumido, pois pode conter toxinas perigosas.
  • Baiacu-espinho – Chilomycterus atringa
    Espécie de baiacu recifal, com espinhos pelo corpo e hábito de inflar-se como defesa. Vive em águas tropicais e é capturado ocasionalmente por redes. Contém toxinas que o tornam impróprio para consumo.
  • Baiacu-pintado – Sphoeroides testudineus
    Encontrado em baías e manguezais, esse baiacu apresenta coloração moteada e comportamento curioso. É pequeno e tem baixa importância comercial, mas é comum em pescarias com rede de arrasto costeiro.
  • Cação-anjo – Squatina guggenheim
    Tubarão de corpo achatado, vive camuflado no fundo do mar. É raro e considerado vulnerável à extinção. Não é comum em pescarias, mas pode ser capturado por redes de arrasto, exigindo cuidado para preservação.
  • Cangulo – Balistes vetula
    Conhecido também como peixe-porco, é um peixe de recife muito colorido e territorialista. Alimenta-se de crustáceos e moluscos. Sua carne é apreciada, mas pode acumular toxinas em certas regiões tropicais.
  • Caranha – Lutjanus cyanopterus
    Grande predador recifal, alimenta-se de peixes e crustáceos. Sua carne é firme e saborosa, porém pode causar ciguatera. É pescada com linha de mão ou espinhel em recifes profundos.
  • Carapau – Trachurus lathami
    Espécie pelágica de cardume, muito comum em águas costeiras. Alimenta-se de zooplâncton e é capturado com redes de cerco. Possui alto valor comercial em mercados locais.
  • Carapicu – Eucinostomus gula
    Pequeno peixe costeiro, comum em mangues e praias rasas. Serve como isca na pesca de espécies maiores. É um peixe detritívoro, com importância ecológica e presença constante em áreas de transição entre rio e mar.
  • Cavala-verdadeira – Scomberomorus cavalla
    Predadora veloz, vive em águas costeiras tropicais. É muito visada por pescadores esportivos e comerciais, sendo capturada com iscas naturais ou artificiais. Sua carne é bastante valorizada, sendo preparada de várias formas.
  • Cherne-poveiro – Polyprion americanus
    Espécie de águas profundas e frias, associada a substratos rochosos. Sua carne branca e firme é altamente valorizada. Pescada com espinhel e armadilhas, é comum em regiões subtropicais e temperadas do Atlântico.
  • Cocoroca – Haemulon steindachneri
    Peixe recifal de pequeno porte, comum em costões e recifes rasos. Alimenta-se de invertebrados e pequenos peixes. Sua carne é apreciada, especialmente frita, sendo importante na pesca artesanal.
  • Corvina – Micropogonias furnieri
    Espécie costeira e estuarina de grande importância econômica no Brasil. Vive em fundos arenosos e lamacentos. Sua carne é saborosa e bastante consumida fresca ou salgada.
  • Dourado-do-mar – Coryphaena hippurus
    Peixe pelágico de cores vibrantes e comportamento acrobático. É valorizado na pesca esportiva e comercial, com carne firme e saborosa. Vive em alto-mar, próximo à linha de corrente quente.
  • Espadarte – Xiphias gladius
    Típico das águas oceânicas profundas, o espadarte é conhecido pelo seu “bico” em forma de espada, usado para caçar peixes menores. É um dos maiores peixes ósseos e muito visado na pesca comercial de alto-mar. Sua carne firme e saborosa é altamente valorizada em mercados internacionais. A pesca é feita com espinhel de superfície ou arpão.
  • Garoupa – Epinephelus marginatus
    Espécie recifal de grande porte, encontrada em costões rochosos e recifes profundos. É um peixe solitário, que se alimenta de crustáceos e pequenos peixes. A carne da garoupa é branca, tenra e muito valorizada na gastronomia. Por ser vulnerável à sobrepesca, exige regulamentações rigorosas em muitas regiões.
  • Garoupa-preta – Mycteroperca bonaci
    Habita recifes profundos e estruturas artificiais, sendo um predador de topo nesses ecossistemas. Pode atingir grande porte e é uma das espécies favoritas na pesca de fundo. Tem carne de excelente qualidade e é alvo tanto da pesca artesanal quanto da esportiva. Requer monitoramento para evitar sobrepesca.
  • Guaiúba – Ocyurus chrysurus
    Peixe recifal de médio porte, com corpo amarelado e cauda bifurcada característica. Vive em cardumes e se alimenta de pequenos peixes e crustáceos. É muito capturado por pescadores comerciais e esportivos, sendo comum em restaurantes litorâneos. Tem carne de excelente qualidade.
  • Imperador – Beryx splendens
    Encontrado em águas profundas, esse peixe tem coloração vermelha brilhante e olhos grandes. Vive em fundos rochosos entre 200 e 600 metros de profundidade. Sua carne é branca, firme e muito procurada na gastronomia. É capturado principalmente com espinhéis e armadilhas.
  • Jamanta – Manta birostris
    A maior espécie de raia do mundo, pode atingir até 7 metros de envergadura. Filtra plâncton da água enquanto nada com elegância. Não é consumida comercialmente no Brasil, mas sofre com capturas acidentais. É valorizada pelo ecoturismo, especialmente no mergulho com grandes pelágicos.
  • Linguado – Paralichthys brasiliensis
    Peixe de fundo com corpo achatado, olhos no mesmo lado e coloração que camufla na areia. Muito comum em praias e estuários do sul e sudeste do Brasil. Sua carne é branca e bastante procurada na culinária. É capturado com redes de arrasto e também com linha.
  • Manjuba – Anchoa januaria
    Peixe pequeno de cardume, típico de águas salobras e estuarinas. É base alimentar de várias espécies e tem grande importância ecológica. É muito utilizado como isca e também consumido frito em porções, especialmente no sudeste do Brasil. Capturado com rede de cerco e arrasto.
  • Mariquita – Dules auriga
    Peixe recifal de pequeno porte, com corpo alongado e colorido, encontrado entre corais e pedras. Alimenta-se de pequenos invertebrados e plâncton. Pouco visado na pesca comercial, mas é capturado acidentalmente em redes de arrasto e em pesca de subsistência. Aparece eventualmente em aquarismo.
  • Marlin-azul – Makaira nigricans
    Peixe oceânico de grande porte, conhecido por sua força e saltos espetaculares. Muito valorizado na pesca esportiva em alto-mar. Sua carne é consumida em algumas regiões, mas o foco principal é recreativo.
  • Merluza – Merluccius hubbsi
    Espécie demersal encontrada em águas frias do Atlântico Sul. Muito importante comercialmente, sendo alvo de grandes frotas pesqueiras. Sua carne branca e macia é apreciada em várias cozinhas do mundo.
  • Mero – Epinephelus itajara
    Um dos maiores peixes recifais, podendo ultrapassar 2 metros. É protegido por lei no Brasil devido ao risco de extinção. Vive em tocas e cavernas submarinas, alimentando-se de peixes e crustáceos.
  • Miraguaia (pescada-preta) – Pogonias cromis
    Espécie costeira de grande porte, popular na pesca artesanal. Sua carne é firme e muito saborosa. Vive em estuários e fundos arenosos, sendo capturada com redes ou linhas de mão.
  • Moreia-verde – Gymnothorax funebris
    Peixe de aparência serpentina, vive escondido em recifes e pedras. Alimenta-se de peixes e polvos. Embora assustadora, não representa perigo se não for provocada. Não é comumente pescada para consumo.
  • Namorado – Pseudopercis numida
    Peixe demersal, muito apreciado na pesca de arrasto. Sua carne é clara e saborosa, usada em pratos refinados. Vive em fundos arenosos e lamacentos do Atlântico Sul.
  • Olho-de-boi – Seriola dumerili
    Espécie de grande porte, muito valorizada por pescadores esportivos. Vive em águas profundas, perto de estruturas artificiais e naturais. Sua carne é firme e saborosa.
  • Olho-de-cão – Priacanthus arenatus
    Peixe de olhos grandes, adaptado a ambientes pouco iluminados. Vive próximo a recifes profundos e naufrágios. Embora pouco conhecido comercialmente, é comestível e aparece ocasionalmente em mercados.
  • Papa-terra (betara) – Menticirrhus americanus
    Muito comum em praias arenosas, é capturado com vara de praia. Sua carne é macia e bastante apreciada. Tem grande importância na pesca de subsistência e também na pesca recreativa.
  • Pampo – Trachinotus carolinus
    Peixe de corpo achatado, comum em praias e costões. Alimenta-se de crustáceos e moluscos. Sua carne é excelente e valorizada em mercados locais. Pescado com iscas naturais.
  • Pampo-galhudo – Trachinotus goodei
    Espécie parecida com o pampo comum, porém menor. Vive em áreas costeiras e recifes rasos. Sua carne é saborosa e é procurado por pescadores esportivos.
  • Pampo-lua – Peprilus paru
    Conhecido por seu formato arredondado e brilho metálico. Vive em cardumes e é encontrado próximo à costa. Muito usado na culinária nordestina, sua carne é delicada e de fácil preparo. Pescado com redes de cerco ou em arrastos de praia.
  • Pargo – Lutjanus purpureus
    Peixe recifal de coloração avermelhada, muito valorizado comercialmente. É capturado com espinhel e linha de fundo. Sua carne branca, firme e saborosa é utilizada em moquecas e assados. Presente principalmente em recifes do Atlântico equatorial.
  • Peixe-espada – Lepidopus caudatus
    Peixe alongado e prateado, habitante de águas profundas. É capturado com espinhel ou arrasto de fundo. Sua carne é apreciada por ser leve e macia, comum em pratos grelhados. Tem grande importância na pesca industrial.
  • Peixe-leão – Pterois volitans
    Espécie invasora e venenosa, originária do Indo-Pacífico. Presente em recifes do Caribe e Atlântico, ameaça ecossistemas locais. Apesar do risco dos espinhos tóxicos, sua carne é comestível e até recomendada para controle populacional.
  • Peixe-lua – Mola mola
    O maior peixe ósseo do mundo, com corpo arredondado e comportamento curioso. Alimenta-se de águas-vivas e vive em mar aberto. Raramente capturado, mas admirado por mergulhadores. Não tem valor comercial significativo.
  • Peixe-papagaio – Sparisoma axillare
    Espécie de recife colorida, essencial para o equilíbrio dos corais. Alimenta-se de algas e ajuda a controlar o crescimento excessivo de vegetação nos corais. Sua carne é pouco valorizada, mas tem papel ecológico importante.
  • Peixe-rei – Odontesthes argentinensis
    Espécie costeira e estuarina, muito comum em praias do sul do Brasil. É utilizado tanto como isca quanto para alimentação humana. Sua carne branca é bastante consumida frita, principalmente por pescadores locais.
  • Pescada-amarela – Cynoscion acoupa
    De grande porte, é uma das pescadas mais valorizadas comercialmente. Vive em estuários e águas costeiras, alimentando-se de pequenos peixes. Sua carne é macia, clara e muito usada na culinária brasileira. Pesca feita com espinhéis e redes.
  • Raia-chita – Aetobatus narinari
    Raia elegante com coloração escura e pintas brancas. Habita águas tropicais e subtropicais, frequentemente em cardumes. Alimenta-se de moluscos e crustáceos. Embora não seja alvo principal, é capturada como fauna acompanhante.
  • Robalo-flecha – Centropomus undecimalis
    Muito procurado por pescadores esportivos, vive em mangues, estuários e costões. Alimenta-se de camarões e peixes pequenos. Sua carne é branca, suculenta e valorizada comercialmente. Pescado com iscas vivas ou artificiais.
  • Robalo-peva – Centropomus parallelus
    Espécie menor que o robalo-flecha, mas igualmente saborosa. Frequente em áreas urbanas costeiras e manguezais. Muito popular entre pescadores de várzea e praia. Sua carne é semelhante à do flecha e amplamente consumida.
  • Sargo-de-dente – Archosargus probatocephalus
    Peixe robusto com dentes fortes, que tritura crustáceos e moluscos. Habita costões rochosos e estruturas submersas. Sua carne é de excelente qualidade e muito usada grelhada ou assada. Responde bem à pesca com iscas naturais.
  • Savelha – Alosa fallax
    Peixe anádromo que vive no mar e sobe os rios para reprodução. Possui carne oleosa, saborosa, mas com muitas espinhas. Presente em estuários e baías, é capturado com redes. Sua pesca requer atenção a períodos reprodutivos.
  • Tainha – Mugil liza
    Espécie essencial para a pesca artesanal no Sul do Brasil. Vive em águas salobras e migra para o mar para desova. Muito valorizada por suas ovas, além da carne de sabor suave. Presença marcante em pratos tradicionais do litoral.
  • Tarpon (Camurupim) – Megalops atlanticus
    Peixe esportivo de grande porte, conhecido por saltos acrobáticos e força. Vive em águas costeiras, estuários e até rios. Sua carne tem pouco valor, mas sua pesca é muito procurada por esportistas com iscas artificiais.
  • Tubarão-cabeça-chata – Carcharhinus leucas
    Espécie de tubarão que habita águas costeiras e salobras, podendo subir rios. É agressivo e tem importância científica por seu comportamento. Sua carne é consumida em algumas regiões, mas exige regulação e manejo.
  • Tubarão-martelo – Sphyrna lewini
    Fácil de identificar pela forma da cabeça, é encontrado em águas tropicais e subtropicais. Forma cardumes, especialmente em fases juvenis. Está ameaçado de extinção devido à pesca predatória, principalmente pelas barbatanas.
  • Tubarão-tigre – Galeocerdo cuvier
    Um dos maiores e mais temidos tubarões, com dieta extremamente variada. Habita áreas costeiras e oceânicas, sendo capturado ocasionalmente. Sua carne é consumida em algumas partes do mundo, mas exige regulamentação ambiental rigorosa.
  • Ubarana – Albula vulpes
    Peixe ágil e prateado, encontrado em fundos arenosos e águas rasas. É visado na pesca esportiva por sua velocidade e força na linha. Sua carne é comestível, porém cheia de espinhas, e pouco explorada comercialmente.
  • Xaréu-amarelo – Caranx hippos
    Peixe de corpo robusto e forte, comum em águas costeiras tropicais. Muito valorizado na pesca esportiva por sua resistência na briga. Vive em cardumes e é capturado com iscas naturais e artificiais. Sua carne é apreciada localmente.

Conclusão

O conhecimento sobre os peixes de água salgada é fundamental para a preservação dos ecossistemas marinhos, o desenvolvimento sustentável da pesca e o aproveitamento consciente desses recursos naturais. As 60 espécies listadas aqui representam a diversidade biológica dos mares brasileiros e de outros oceanos tropicais e temperados. Cada uma tem um papel ecológico único, além de importância variável para a pesca artesanal, esportiva ou industrial.

Ao conhecer as características, hábitos e locais de ocorrência dessas espécies de peixes de água salgada, é possível praticar uma pesca mais responsável, respeitando períodos de defeso e colaborando para a conservação marinha. Que este artigo sirva como fonte de informação e inspiração para todos que amam e dependem do mar, seja pelo lazer, pela ciência ou pelo sustento.

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