15 Peixes de água salgada de interesse na pesca esportiva brasileira
Guia completo de espécies, iscas, equipamentos e legislação para pescadores no Brasil
A pesca esportiva em águas salgadas no Brasil é uma paixão crescente, capaz de unir tradição, turismo e adrenalina. O litoral brasileiro, com mais de 7.000 km de extensão, oferece uma variedade impressionante de espécies que atraem tanto pescadores iniciantes quanto veteranos que buscam verdadeiros troféus. Peixes como marlin, dourado marinho, atum e peixe-vela são protagonistas em torneios de alto-mar, enquanto robalos, corvinas e anchovas são estrelas em costões, praias e estuários.
O objetivo deste artigo é fornecer uma visão aprofundada das principais espécies de interesse na pesca esportiva de água salgada no Brasil. Cada resenha inclui o nome científico correto, a região onde o peixe é mais encontrado, as iscas naturais e artificiais mais produtivas, os equipamentos recomendados e observações sobre a legislação vigente. Além disso, você encontrará tópicos extras sobre ética esportiva e preservação, além de uma tabela comparativa que resume os 15 peixes estudados.
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Marlin (Makaira nigricans e Tetrapturus albidus)
O marlin é um dos maiores troféus da pesca esportiva mundial. No Brasil, é mais frequente na costa do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e do sul da Bahia, geralmente em alto-mar. Capturá-lo exige técnica, força e preparo físico. As iscas artificiais mais eficazes são grandes plugs, poppers e jigs, mas também se usam cavalinhas e lulas como isca natural. O equipamento deve ser de grande porte, com varas de 50–80 lb, carretilhas de alta capacidade e linhas multifilamento robustas. A pesca ocorre no talude continental, em profundidades superiores a 200 m. A pesca comercial de marlins é proibida no Brasil, mas a pesca esportiva com soltura é autorizada, desde que respeite a legislação. Exemplares de mais de 300 kg já foram capturados e soltos em torneios nacionais, reforçando a importância da prática do “catch and release”.
Dourado Marinho (Coryphaena hippurus)
O dourado marinho, também conhecido como mahi-mahi, é famoso pela coloração vibrante que mistura azul, verde e dourado. É encontrado em todo o litoral brasileiro, mas é mais comum no Nordeste e Sudeste, geralmente em alto-mar, junto a objetos flutuantes, troncos e manchas de algas. Iscas naturais como sardinhas e cavalinhas são bastante produtivas, mas iscas artificiais de superfície, como plugs e poppers, garantem ataques visuais espetaculares. O equipamento ideal é médio a pesado, com varas de 30–50 lb e carretilhas com boa capacidade de linha multifilamento. Em média, os dourados variam de 5 a 20 kg, mas exemplares acima de 30 kg já foram registrados em torneios. Não há proibição específica para a espécie, mas recomenda-se fortemente o pesque e solte para preservar os estoques. Para pescadores esportivos, é considerado um dos peixes mais fotogênicos do mundo.
Atum (Thunnus albacares e Thunnus obesus)
O atum é sinônimo de potência e velocidade. Entre as espécies mais comuns no Brasil estão o atum-amarelo (Thunnus albacares) e o atum-rabilho (Thunnus obesus). São encontrados em alto-mar, principalmente no Nordeste e Sudeste, em regiões de plataforma continental. São predadores incansáveis, que podem nadar longas distâncias em pouco tempo. A pesca é feita com iscas artificiais como jigs e plugs usados no trolling, além de iscas vivas como sardinha. O equipamento deve ser robusto, com varas de 30–60 lb, carretilhas oceânicas e linhas multifilamento de 40–60 lb. A legislação prevê cotas e monitoramento da pesca comercial, mas a esportiva com soltura é liberada. Os exemplares variam entre 20 e 80 kg, mas recordes podem passar de 100 kg. Relatos de pescadores no Rio Grande do Norte mostram capturas memoráveis próximas a parcerias com embarcações de apoio.
Peixe-vela (Istiophorus platypterus)
O peixe-vela é facilmente reconhecido por sua imponente nadadeira dorsal, que lembra uma vela erguida no mar. Ele habita águas profundas do Espírito Santo, da Bahia e de São Paulo, e é um dos peixes mais rápidos do oceano. Os ataques ocorrem tanto em iscas vivas, como manjubas e cavalinhas, quanto em plugs de superfície. É uma espécie esportiva clássica, capaz de proporcionar saltos acrobáticos fora da água. O equipamento recomendado é pesado, com varas de 30–50 lb e carretilhas de grande capacidade. Em média, o peixe-vela varia entre 20 e 40 kg, mas pode ultrapassar os 50 kg em exemplares grandes. A pesca comercial é restrita, mas a esportiva com soltura é autorizada. Em campeonatos brasileiros, já foi registrado como o peixe mais valorizado por sua beleza e pela velocidade da briga com o pescador.
Garoupa (Epinephelus spp.)
A garoupa é um peixe de fundo, muito popular na pesca costeira brasileira. Espécies como Epinephelus morio (garoupa-vermelha) e Epinephelus itajara (mero) habitam recifes, costões e naufrágios. As iscas naturais mais usadas são peixes pequenos e camarões, enquanto jigs pesados são boas opções artificiais. O equipamento deve ser médio a pesado, com varas de 30–40 lb, linhas multifilamento e líderes resistentes à abrasão. A faixa de peso vai de 3 a 20 kg em garoupas comuns, mas o mero pode ultrapassar 200 kg. Importante: a captura do mero é proibida no Brasil por ser espécie ameaçada de extinção, devendo ser solto imediatamente. Em regiões como Bahia e Espírito Santo, é comum encontrar garoupas em naufrágios usados como pontos de pesca. Para esportistas, a garoupa oferece força e resistência incomuns em ambientes costeiros.
Robalo Flexa (Centropomus undecimalis)
O robalo flexa é um peixe costeiro icônico. Vive em estuários, praias e manguezais do Sudeste e Nordeste, sendo especialmente popular no Rio de Janeiro, em Santa Catarina e no Espírito Santo. É capturado com iscas naturais como camarões vivos e peixes pequenos, mas responde com agressividade a iscas artificiais como plugs de meia-água, jerkbaits e softbaits. O equipamento deve ser leve a médio, com varas de 15–30 lb e linhas multifilamento de 20–30 lb. Os exemplares variam de 2 a 12 kg, com recordes acima de 15 kg. A legislação define tamanhos mínimos de captura e defesos em algumas regiões. É conhecido como peixe técnico, que exige precisão no arremesso e paciência na espera. Em torneios costeiros, costuma ser a estrela, sendo muito valorizado em pesque-e-solte.
Robalo Peva (Centropomus parallelus)
O robalo peva, menor que o flexa, é igualmente esportivo e apreciado em regiões urbanas. Encontrado em mangues, estuários e praias do Sudeste e Nordeste, é mais abundante que seu parente maior. É capturado com camarões vivos, peixinhos e artificiais como plugs de pequeno porte e camarões de silicone. O equipamento pode ser leve, com varas de 10–20 lb e linhas multifilamento de 15–20 lb. O peso médio é de 1 a 4 kg, com raros exemplares maiores. A legislação também impõe limites de tamanho mínimo e defeso durante a reprodução. É um peixe democrático, capturado tanto por iniciantes quanto por pescadores experientes. Muitos relatos de sucesso vêm de manguezais de Santos e Vitória, onde o peva garante boas fisgadas mesmo em dias de pouca atividade.
Tarpon (Megalops atlanticus)
O tarpon, conhecido como camurupim no Brasil, é um peixe de proporções épicas, famoso pelos saltos acrobáticos após a fisgada. Encontrado principalmente no Nordeste, em estados como Ceará e Alagoas, vive em estuários, baías e manguezais. As iscas naturais preferidas são manjubas e camarões vivos, mas plugs de superfície e iscas de hélice também funcionam bem. O equipamento deve ser robusto, com varas de 40–60 lb e linhas multifilamento resistentes, já que o tarpon pode ultrapassar 100 kg. É considerada uma das espécies mais esportivas do planeta. Em algumas regiões, a pesca é regulada com obrigatoriedade de soltura. Muitos pescadores relatam que a briga com um tarpon de mais de 50 kg é uma das experiências mais intensas da pesca esportiva.
Barracuda (Sphyraena barracuda)
A barracuda é um predador veloz e agressivo, comum em águas costeiras e recifes do Nordeste e Sudeste. Reconhecida pelos dentes afiados, é capaz de atacar violentamente iscas artificiais como plugs metalizados, colheres e jigs. Também pode ser capturada com peixes vivos como isca natural. O equipamento recomendado é médio, com varas de 20–30 lb e linhas multifilamento de 20–30 lb, usando líder de aço para evitar cortes. O peso médio varia de 5 a 15 kg, mas exemplares acima de 20 kg já foram registrados. Não há proibição legal específica, mas é essencial praticar o pesque e solte. A barracuda oferece emoção imediata ao pescador, com arrancadas rápidas e ataques visuais impressionantes. É especialmente comum em costões do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
Olho de Boi (Seriola lalandi)
O olho de boi é uma das maiores espécies do gênero Seriola, popularmente também chamado de olho-de-boi ou amberjack. Habita recifes profundos, costões e plataformas de petróleo do Sudeste e Sul. É capturado com iscas vivas como sardinhas e cavalinhas, além de jigs metálicos em pescarias de vertical jigging. O equipamento precisa ser pesado, com varas de 40–60 lb, carretilhas oceânicas e linhas multifilamento de 50 lb. Os exemplares variam de 15 a 40 kg, com registros de peixes acima de 50 kg. Não há proibição específica para a espécie, mas recomenda-se manejo sustentável. Em Santa Catarina, já houve relatos de barcos que retornaram com capturas duplas de olho-de-boi acima de 30 kg, demonstrando a abundância da espécie em águas frias do Sul.
Olhete (Seriola rivoliana)
O olhete é outro peixe do grupo Seriola, muito procurado por sua força. Ocorre em costões, recifes e plataformas do Sudeste e Sul. É capturado com iscas vivas, jigs metálicos e plugs de meia-água. O equipamento deve ser pesado, semelhante ao usado para o olho de boi, com varas de 30–50 lb e linhas multifilamento resistentes. O peso médio varia de 8 a 20 kg, mas pode ultrapassar os 30 kg. A legislação não prevê proibição específica, mas a prática do pesque e solte é recomendada. É um peixe resistente, que briga intensamente até o final. Muitos pescadores relatam capturas inesquecíveis em costões de Ilhabela e de Florianópolis, onde o olhete desafia até os mais experientes.
Anchova (Pomatomus saltatrix)
A anchova é um peixe costeiro de ataque explosivo. Presente em praias, costões e até baías do Sul e Sudeste, é muito visada por pescadores de arremesso. Ataca violentamente plugs de superfície, colheres e jigs, mas também aceita sardinhas e manjubas como isca natural. O equipamento deve ser médio, com varas de 15–25 lb e linhas multifilamento de 20–30 lb. O peso médio varia de 2 a 6 kg, mas exemplares acima de 10 kg são registrados em Santa Catarina. A legislação de alguns estados prevê tamanho mínimo de captura. A anchova é famosa pelo ataque visual, muitas vezes em cardumes caçando próximo à superfície. Em praias como Tramandaí e Itajaí, já houve relatos de pescadores que tiveram ação contínua de anchovas durante várias horas.
Miraguaia (Menticirrhus littoralis)
A miraguaia, também chamada de papa-terra em algumas regiões, é um peixe costeiro da família Sciaenidae. Habita praias arenosas do Sul e Sudeste, sendo muito popular em pescarias de arremesso. Aceita bem iscas naturais como camarões, corruptos e minhocas de praia. O equipamento pode ser leve a médio, com varas longas de 12–14 pés e linhas de 15–20 lb, típicas da pesca de praia. O peso médio varia de 1 a 3 kg, mas exemplares acima de 5 kg já foram registrados. Não há proibição legal específica, mas deve-se respeitar tamanhos mínimos. Para muitos pescadores, a miraguaia é a porta de entrada na pesca esportiva marinha, sendo comum em campeonatos de surfcasting no litoral gaúcho e catarinense.
Corvina (Micropogonias furnieri)
A corvina é uma das espécies mais capturadas no litoral brasileiro, especialmente no Sul e Sudeste. Vive em estuários, praias e fundos arenosos, sendo comum no Guaíba, Lagoa dos Patos e praias do Rio Grande do Sul. Aceita iscas naturais como camarões, lulas e peixes pequenos, além de jigs leves. O equipamento recomendado é leve a médio, com varas de 12–14 pés para arremesso ou varas curtas em barcos costeiros. O peso médio varia de 1 a 5 kg, mas exemplares de 10 kg já foram registrados. A legislação prevê tamanhos mínimos e períodos de defeso, principalmente no Rio Grande do Sul, onde a pesca é restrita em épocas de reprodução. A corvina é muito valorizada em torneios regionais, sendo uma espécie abundante e democrática.
Sargo (Diplodus argenteus)
O sargo é um peixe costeiro da família Sparidae, encontrado em costões rochosos do Nordeste, Sudeste e Sul. É um peixe de porte médio, muito esportivo para a pesca com equipamento leve. Aceita bem iscas naturais como camarão, mexilhão e caranguejo, além de pequenas iscas artificiais. O equipamento pode ser leve, com varas de 10–15 lb e linhas multifilamento finas. O peso médio varia de 1 a 3 kg, mas exemplares acima de 4 kg já foram capturados. Não há proibição legal específica, mas devem ser respeitados tamanhos mínimos de captura em alguns estados. O sargo é muito procurado em pescarias costeiras, especialmente em costões de Santa Catarina e de São Paulo, onde garante ação constante para os praticantes de pesca esportiva.
Outros tópicos relacionados à pesca esportiva marinha
Importância econômica e turística
A pesca esportiva de água salgada movimenta o turismo náutico em estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia. Torneios de marlin e atum atraem participantes internacionais, gerando empregos em hotéis, marinas e lojas de equipamentos.
Equipamentos modernos e evolução tecnológica
Nos últimos anos, o uso de linhas multifilamento, carretilhas com drag mais preciso e varas de carbono aumentou as chances de sucesso. Além disso, a popularização de técnicas como o jigging e o popping transformou a experiência do pescador esportivo brasileiro.
Ética esportiva e sustentabilidade
A prática do “catch and release” é cada vez mais adotada, especialmente para espécies nobres como marlin, peixe-vela e tarpon. O uso de anzóis circulares, que reduzem ferimentos, é uma tendência positiva.
Legislação brasileira
A legislação varia de acordo com a espécie e a região. Enquanto o mero está protegido nacionalmente, peixes como robalos e corvinas possuem tamanhos mínimos de captura definidos por estados. É fundamental que o pescador consulte sempre as portarias mais recentes do IBAMA e dos órgãos estaduais.
Tabela comparativa dos 15 peixes
Espécie | Região principal | Proibição de pesca | Aceita isca artificial | Faixa de peso comum |
---|---|---|---|---|
Marlin | ES, RJ, BA – alto-mar | Comercial proibida | Sim | 100–300+ kg |
Dourado marinho | NE, SE – alto-mar | Não | Sim | 5–30 kg |
Atum | NE, SE – alto-mar | Parcial/comercial | Sim | 20–80+ kg |
Peixe-vela | ES, BA, SP – alto-mar | Comercial restrita | Sim | 20–50 kg |
Garoupa | NE, SE – recifes/costões | Mero proibido | Sim | 3–200 kg |
Robalo flexa | SE, NE – mangues/costões | Defesos regionais | Sim | 2–12 kg |
Robalo peva | SE, NE – mangues/costões | Defesos regionais | Sim | 1–4 kg |
Tarpon | NE – estuários/mangues | Soltura obrigatória | Sim | 20–100+ kg |
Barracuda | NE, SE – costões | Não | Sim | 5–20 kg |
Olho de boi | SE, Sul – recifes/plataf. | Não | Sim | 15–50 kg |
Olhete | SE, Sul – costões/recifes | Não | Sim | 8–30 kg |
Anchova | Sul, SE – praias/costões | Parcial | Sim | 2–10 kg |
Miraguaia | Sul, SE – praias arenosas | Não | Não (mais natural) | 1–5 kg |
Corvina | Sul, SE – praias/estuários | Defesos regionais | Sim | 1–10 kg |
Sargo | NE, SE, Sul – costões | Não | Sim | 1–4 kg |
Conclusão
A pesca esportiva em águas salgadas do Brasil é uma atividade complexa, diversificada e extremamente gratificante. Cada uma das 15 espécies analisadas neste artigo representa um desafio único, seja pelo ambiente em que habita, pela força que apresenta durante a briga ou pelas exigências técnicas de equipamentos e iscas. Desde gigantes oceânicos como o marlin e o atum até espécies costeiras como o robalo e a corvina, a variedade disponível ao pescador brasileiro é praticamente inesgotável.
Contudo, é importante destacar que a emoção da captura deve estar sempre acompanhada da consciência ambiental. A prática do pesque e solte, o respeito às legislações de defeso e o uso de técnicas sustentáveis são fundamentais para garantir que as próximas gerações tenham as mesmas oportunidades de encontrar esses peixes. Além disso, o crescimento da pesca esportiva fortalece economias locais, estimula o turismo e cria uma rede de conservação marinha baseada na valorização da natureza.
Portanto, o pescador moderno deve unir conhecimento técnico, paixão pela pesca e responsabilidade ambiental. Essa tríade é o que sustenta a pesca esportiva como prática saudável, emocionante e sustentável em todo o litoral brasileiro.
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