Mandi Pintado (Pimelodus maculatus) e (Pimelodus pintado): características, habitat e como pescar 5/5 (1)

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Descubra as diferenças entre essas espécies de bagres e aprenda as melhores técnicas para pescá-las nos rios do sul do Brasil

O mandi pintado é um peixe amplamente conhecido e apreciado por pescadores em todo o Brasil. No entanto, poucos sabem que esse nome popular pode se referir a duas espécies distintas: o Pimelodus maculatus e o Pimelodus pintado. Ambas pertencem à família Pimelodidae e são encontradas em diversos rios sul-americanos, mas apresentam diferenças significativas em termos de distribuição, morfologia e comportamento.

No Rio Grande do Sul, o Pimelodus pintado é especialmente abundante, sendo uma das espécies mais comuns nas pescarias locais. Por outro lado, o Pimelodus maculatus também está presente, mas com uma distribuição mais ampla em outras regiões do país. Neste artigo, exploraremos as características de cada espécie, seus habitats preferenciais e as melhores estratégias para pescá-las com sucesso.


Distribuição geográfica e habitat

O Pimelodus maculatus, conhecido popularmente como mandi-pintado ou mandi-chorão, possui uma ampla distribuição geográfica, ocorrendo em diversas bacias hidrográficas do Brasil, incluindo as dos rios Paraná, São Francisco e Amazonas. Essa espécie é adaptável a diferentes ambientes de água doce, desde grandes rios até pequenos afluentes, preferindo áreas com correnteza moderada e fundo arenoso ou lodoso.

Já o Pimelodus pintado é especialmente comum no Rio Grande do Sul, sendo encontrado em praticamente todos os rios do estado. Estudos indicam sua presença abundante em bacias como as dos rios Jacuí, Taquari, Gravataí e Sinos. Essa ampla distribuição no território gaúcho torna o Pimelodus pintado uma das espécies mais pescadas na região, tanto por pescadores profissionais quanto por amadores.


Características morfológicas

Embora ambas as espécies compartilhem semelhanças morfológicas, como o corpo alongado e a presença de barbilhões sensoriais, existem diferenças notáveis entre elas. O Pimelodus maculatus apresenta coloração que varia do pardo ao amarelado, com manchas escuras distribuídas ao longo do corpo. Seu tamanho pode atingir até 51 cm de comprimento total, sendo uma espécie de médio porte.

Por outro lado, o Pimelodus pintado possui um padrão de manchas mais distintas e bem definidas, com coloração que varia do cinza ao amarelado. Essa espécie tende a ser um pouco menor que o Pimelodus maculatus, mas ainda assim é considerada de porte médio, sendo comum encontrar exemplares com cerca de 30 a 40 cm de comprimento nos rios do Rio Grande do Sul.


Comportamento e alimentação

Ambas as espécies são noturnas e apresentam hábitos alimentares semelhantes. São peixes onívoros, alimentando-se de uma variedade de itens, incluindo insetos aquáticos, pequenos crustáceos, moluscos e matéria orgânica em decomposição. Essa dieta diversificada contribui para sua adaptabilidade a diferentes ambientes e sua ampla distribuição.

Durante o dia, tendem a se refugiar em áreas com vegetação densa, troncos submersos ou buracos no leito do rio. À noite, tornam-se mais ativos, saindo em busca de alimento. Esse comportamento noturno deve ser considerado pelos pescadores ao planejar suas estratégias de pesca.


Técnicas de pesca eficazes

A pesca do mandi pintado, seja do Pimelodus maculatus ou do Pimelodus pintado, é uma atividade popular entre os pescadores do sul do Brasil. Para aumentar as chances de sucesso, é importante considerar alguns aspectos específicos de cada espécie.

Equipamentos recomendados:

  • Vara: Varas de ação Média a pesada, com comprimento entre 1,80 m e 2,40 m.
  • Linha: Monofilamento ou multifilamento com resistência entre 20 lb e 30 lb.
  • Anzol: Tamanhos entre 2/0 e 4/0, preferencialmente modelos circulares.
  • Chumbada: Tipo oliva ou gota, com peso adequado à correnteza do local.

Iscas eficazes:

  • Naturais: Minhocas, pedaços de peixe, fígado de frango ou bovino e moluscos.
  • Artificiais: Soft baits com aroma, jigs e spinners de pequeno porte.

Melhores horários e locais:

  • Horários: Início da manhã e final da tarde, períodos em que os peixes estão mais ativos.
  • Locais: Áreas com vegetação submersa, proximidades de troncos ou pedras, e regiões com correnteza moderada.

É fundamental respeitar as regulamentações locais de pesca, incluindo tamanhos mínimos, cotas e períodos de defeso, para garantir a sustentabilidade das populações dessas espécies.


Importância ecológica e econômica

O mandi pintado desempenha um papel ecológico significativo nos ecossistemas aquáticos, atuando como controlador de populações de invertebrados e contribuindo para a ciclagem de nutrientes. Além disso, é uma espécie de interesse comercial e recreativo, sendo valorizada tanto pela pesca profissional quanto pela esportiva.

No Rio Grande do Sul, a pesca do Pimelodus pintado representa uma fonte de renda para comunidades ribeirinhas e pescadores artesanais. Sua carne é apreciada na culinária local, sendo utilizada em diversos pratos típicos da região.


Conclusão

Compreender as diferenças entre o Pimelodus maculatus e o Pimelodus pintado é essencial para pescadores e entusiastas da ictiofauna brasileira. Ambas as espécies possuem características únicas e desempenham papéis importantes nos ecossistemas aquáticos do país.

No Rio Grande do Sul, o Pimelodus pintado destaca-se por sua ampla distribuição e abundância, sendo uma das espécies mais comuns nas pescarias locais. Conhecer seus hábitos, preferências alimentares e técnicas de pesca eficazes pode aumentar significativamente o sucesso nas capturas.

Por fim, é crucial adotar práticas de pesca responsáveis e sustentáveis, respeitando as regulamentações e contribuindo para a conservação dessas espécies valiosas para a biodiversidade e a economia regional.

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