Piracema: Quando fecha a pesca em 2025? Ainda sem avaliações.

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Entenda os períodos de defeso em todos os estados brasileiros

A cada ano, milhares de pescadores esportivos e profissionais precisam respeitar um calendário muito específico: a piracema. Esse é o período em que a pesca de diversas espécies de peixes é proibida ou severamente restrita, garantindo que os cardumes possam se reproduzir em segurança. O tema é de interesse não apenas para quem vive da pesca, mas também para consumidores, empresários do setor de turismo e até órgãos ambientais. Afinal, estamos falando de uma estratégia essencial de preservação ambiental que ajuda a manter rios, lagos e lagunas equilibrados.

No Brasil, os períodos de piracema variam de estado para estado, de acordo com as bacias hidrográficas e até com espécies específicas. Em 2025, essa realidade não será diferente. Muitos pescadores já estão se preparando para as mudanças, conferindo os calendários oficiais e adaptando suas atividades. Um cliente nosso, dono de uma pousada de pesca em Mato Grosso, relatou que organiza pacotes turísticos com base nesses prazos, o que mostra o impacto direto desse calendário.

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O que é piracema e por que fecha a pesca?

Piracema é o processo migratório que ocorre quando os peixes sobem os rios em busca de locais adequados para a reprodução. Para permitir que esse ciclo aconteça de forma equilibrada, os órgãos ambientais estabelecem períodos de defeso, proibindo a captura, transporte e comercialização de espécies nativas. Essa medida já se mostrou eficaz em diferentes países, como no Peru, onde políticas semelhantes ajudaram a recuperar populações de espécies sobre-exploradas.

No Brasil, além da proteção da fauna, o defeso também assegura benefícios sociais. Pescadores artesanais, por exemplo, podem solicitar o seguro-defeso, recebendo auxílio financeiro durante a paralisação. Esse equilíbrio entre preservação ambiental e apoio social reforça a importância de respeitar a lei.


Piracema na região Norte

Na região Norte, onde predominam rios da Bacia Amazônica, a piracema tem grande destaque. No Acre e em Rondônia, o defeso vai de 15 de novembro de 2025 até 15 de março de 2026. Em Amazonas, há diferenças importantes: o tambaqui fica protegido de 1º de outubro a 31 de março, enquanto as demais espécies seguem a mesma janela geral de novembro a março. Em Roraima, a situação é distinta: a pesca fecha entre março e junho, pois o ciclo reprodutivo dos peixes é diferente. Já no Amapá e no Pará, os calendários se dividem entre bacias, sendo a do Tocantins, Araguaia e Gurupi com prazos um pouco diferentes.


Nordeste: regras variadas entre bacias

O Nordeste brasileiro possui várias bacias hidrográficas, e por isso os períodos de piracema também não são uniformes. Nos estados cortados pelo Rio São Francisco, como Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco, a pesca ficará proibida entre novembro de 2025 e fevereiro de 2026. Já no Ceará e no Rio Grande do Norte, as proibições começam em fevereiro e seguem até abril, respeitando a dinâmica regional.

O Piauí e parte do Maranhão têm o Rio Parnaíba como referência, onde a piracema acontece entre 15 de novembro de 2025 e 16 de março de 2026. Outra parte do Maranhão segue o Tocantins e o Gurupi, com fechamento de 1º de novembro a 28 de fevereiro. Um exemplo prático vem de uma empresa de turismo ecológico no litoral baiano que, sabendo dessas datas, investiu em passeios alternativos durante a piracema, mantendo a movimentação mesmo com as restrições.


Centro-Oeste: foco em rios turísticos

O Centro-Oeste é conhecido como o coração da pesca esportiva brasileira. No Mato Grosso, por exemplo, a piracema será de 1º de outubro de 2025 a 31 de janeiro de 2026. Esse prazo impacta diretamente pousadas e guias de pesca que trabalham no Pantanal. Já no Mato Grosso do Sul, há diferenças por bacia: no Rio Paraná o defeso vai de 1º de novembro a 28 de fevereiro, enquanto no Rio Paraguai ele inicia em 5 de novembro e termina em fevereiro. Vale lembrar que o dourado segue com proteção especial, podendo ter a captura proibida até além de março.

Em Goiás e no Distrito Federal, os períodos são uniformes, sempre de 1º de novembro a 28 de fevereiro. Em um caso interessante, uma associação de pescadores do DF relatou que aproveita a época de defeso para realizar cursos e eventos educativos, transformando a restrição em oportunidade de aprendizado.


Sudeste: abrangendo várias bacias importantes

O Sudeste brasileiro também adota a janela entre 1º de novembro de 2025 e 28 de fevereiro de 2026. Isso vale para São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Porém, cada estado administra espécies e trechos específicos. Em Minas Gerais, por exemplo, além dos grandes rios como São Francisco e Doce, existem restrições em represas e lagoas marginais. Esse cuidado adicional busca proteger os peixes que se concentram em ambientes mais vulneráveis.


Sul: diferenças entre bacias e espécies

Na região Sul, a situação é mais diversificada. No Paraná, a piracema ocorrerá de novembro a fevereiro, com destaque para a proibição do dourado, que continua em vigor até 2026. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, os rios da Bacia do Uruguai entram em defeso entre 1º de outubro e 31 de janeiro.

No entanto, o Rio Grande do Sul possui regras adicionais. No Rio Tramandaí, a pesca dos bagres estará proibida entre 15 de dezembro de 2025 e 31 de março de 2026. Já no estuário da Lagoa dos Patos, as espécies possuem calendários distintos: o bagre pode ser capturado em outubro, novembro, março, abril e maio; o camarão-rosa entre fevereiro e maio; a corvina entre outubro e fevereiro; e a tainha de outubro a maio. Isso mostra como a legislação é adaptada às particularidades de cada ecossistema.


Resumo em tabela dos períodos de piracema no Brasil

Abaixo segue um resumo organizado por estado e Distrito Federal, com início, fim e observações específicas:

Estado/DFInícioFimObservações
AC15/11/2515/03/26Bacia Amazônica
AM01/10/2531/03/26Tambaqui; demais espécies 15/11 a 15/03; pirarucu só manejo
AP15/11/2515/03/2621 espécies em defeso
PA15/11/2515/03/26Amazônica; Tocantins/Gurupi 01/11–28/02; Araguaia até 28/03
RO15/11/2515/03/26Pirarucu 01/11–30/04
RR01/03/2630/06/26Exceção Amazônia
BA01/11/2528/02/26São Francisco; lagoas até abril
SE01/11/2528/02/26São Francisco
AL01/11/2528/02/26São Francisco
PE01/11/2528/02/26São Francisco
CE01/02/2630/04/26Atlântico NE
RN01/02/2630/04/26Segue regra regional
PB01/02/2630/04/26SUDEMA confirma
PI15/11/2516/03/26Rio Parnaíba
MA15/11/2516/03/26Parnaíba (oeste); Tocantins/Gurupi 01/11–28/02
MT01/10/2531/01/2612 espécies proibidas
MS01/11/2528/02/26Paraná; Paraguai 05/11–28/02; dourado protegido
GO01/11/2528/02/26Geral
DF01/11/2528/02/26Geral
SP01/11/2528/02/26Geral
MG01/11/2528/02/26Inclui lagoas e represas
RJ01/11/2528/02/26Geral
ES01/11/2528/02/26Geral
PR01/11/2528/02/26Dourado proibido até 2026
SC01/10/2531/01/26Bacia do Uruguai
RS01/10/2531/01/26Uruguai; Tramandaí bagres 15/12–31/03; Lagoa dos Patos com regras por espécie

A importância da fiscalização e do cumprimento da lei

Embora as datas sejam conhecidas, o cumprimento da piracema depende fortemente da fiscalização. Órgãos como Ibama, polícias ambientais e secretarias estaduais atuam em conjunto para evitar a pesca predatória. Ainda assim, a colaboração dos pescadores é essencial. Em uma experiência relatada por uma ONG ambiental no Tocantins, a conscientização comunitária reduziu drasticamente as autuações, provando que o respeito às regras gera benefícios duradouros.


Conclusão

A piracema de 2025/2026 será um período fundamental para a preservação das espécies de peixes em todo o Brasil. Os diferentes prazos estabelecidos em cada estado, bem como as variações por bacia hidrográfica e por espécie, revelam a complexidade de se proteger um recurso natural tão valioso. Mais do que uma obrigação legal, respeitar o defeso é uma responsabilidade coletiva que garante a continuidade da pesca esportiva e profissional, além de sustentar o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos.

Consumidores, pescadores e empresários devem se preparar com antecedência, reorganizando atividades e explorando alternativas sustentáveis durante o período de restrição. A piracema não representa um obstáculo, mas sim uma oportunidade de garantir que as futuras gerações possam desfrutar da pesca com a mesma intensidade que temos hoje.

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Fontes sobre o Rio Grande do Sul


Fontes nacionais e regionais (bacias hidrográficas e estados)


Fontes complementares usadas para cruzamento

  • Portais de notícias regionais e ambientais (O Sul, Rádio Aratiba, Osul.com.br, Notícias App).
  • Documentos oficiais de Instruções Normativas do MMA/IBAMA já consolidadas.
  • Sites de órgãos estaduais de meio ambiente (IPAAM, Sema-MT, Imasul, Semad-GO, Naturatins, IEF-MG, Sudema-PB, IDEMA-RN).

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Sou um desenvolvedor web e profissional de marketing apaixonado pela pesca e pratico essa atividade desde meus 5 anos (1985). Evolui para a pesca esportiva a partir de 2010. Não pesco com a frequência que gostaria devido aos compromissos profissionais, então para suprir essa carência criei o blog Pescaria S/A. Redes Sociais: Facebook: https://facebook.com/dossantoskadu | Instagram: https://instagram/dossantoskadu | Twitter: https://twitter.com/dossantoskadu | Site Profissional: https://gauchaweb.com