Descubra tudo o que você precisa saber sobre a Barata do Mar (Ligia oceânica)
Barata do Mar, ou Baratinha do Mar (Ligia oceânica), também conhecida como barata da praia ou papa-breu, é uma espécie de isópode encontrada ao longo das costas rochosas no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo.
Esses pequenos crustáceos desempenham um papel importante em seu ecossistema e possuem adaptações físicas únicas que lhes permitem sobreviver em ambientes adversos entre as marés.
Saiba mais sobre a Barata do Mar neste guia informativo.
Características físicas e habitat
A Barata do Mar é um pequeno isopode de cor escura que mede entre 1 e 2 centímetros de comprimento. Elas têm um corpo achatado e oval com sete pares de pernas e dois pares de antenas.
Seu corpo é coberto por um exoesqueleto rígido que os protege do ambiente hostil da zona intertidal (zona do litoral que fica exposta ao ar durante a maré baixa e que permanece submersa durante o resto do tempo).
A Baratinha do Mar é comumente encontrada ao longo de costas rochosas no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo, onde vivem em fendas e sob rochas. Elas são capazes de sobreviver neste ambiente hostil devido à sua capacidade de reter a umidade e tolerar a exposição ao ar e à luz solar.
É muito comum encontrar esses pequenos animais marinhos também em molhes e portos marinhos, sempre vasculhando as fendas atrás de algum alimento que lhes sirvam.
Dieta e comportamento
A Barata do Mar é um detritívoro, o que significa que elas se alimentam de matéria vegetal e animal em decomposição. Elas desempenham um papel importante no ecossistema, quebrando e reciclando nutrientes.
A Barata do Mar também é conhecida por seu comportamento único de formar agregações, ou grupos, sob rochas durante a maré baixa. Esse comportamento os ajuda a conservar a umidade e evitar predadores. Além disso, elas foram observadas exibindo comportamento social, como se arrumar e compartilhar comida.
Importância ecológica e papel no ecossistema
A Ligia oceanica desempenha um papel crucial no ecossistema marinho como detritívora, decompondo e reciclando nutrientes de matéria vegetal e animal em decomposição, inclusive restos de mariscos, camarões e peixes que nós pescadores descartamos quando estamos pescando nas pedras.
Seu comportamento único de formar agregações sob rochas durante a maré baixa os ajuda a conservar a umidade e evitar predadores. Além disso, seu comportamento social, como se arrumar e compartilhar comida, foi observado e estudado como algo muito surpreendente e positivo para a vida da espécie.
Compreender a importância ecológica da Ligia oceânica é essencial para manter um ecossistema marinho saudável.
Ameaças e esforços de conservação
Apesar de sua importância ecológica, a Ligia oceânica enfrenta diversas ameaças. A destruição do habitat, a poluição e a pesca excessiva são algumas das principais ameaças à sua população.
Os esforços de conservação incluem a proteção de seus habitats, redução da poluição e regulamentação das práticas de pesca.
Além disso, educar o público sobre a importância da Ligia oceânica e seu papel no ecossistema marinho pode ajudar a aumentar a conscientização e promover os esforços de conservação.
A Barata do Mar serve de isca?
Baratas do Mar constituem presas fáceis para uma vasta gama de espécies, como qualquer peixe que vasculhe no fundo do mar. A corvina, os bagres, o bacalhau, badejo, bodião ou o linguado, certamente se alimentarão desse pequeno crustáceo dada a oportunidade.
Apesar de muitas espécies de peixes se alimentarem de baratas do mar, elas não são comumente utilizadas como isca de pesca marítima por pescadores, possivelmente devido à dificuldade de adquirir uma boa quantidade de baratinhas do mar, principalmente de um tamanho suficiente para montar uma boa isca.
Daí a preferência pelos camarões, o corrupto, a sardinha (ou a manjuba) a minhoca do mar, o marisco e a Tatuíra ou Tatuí.
Considerações finais
Agora que você aprendeu mais sobre a Baratinha do Mar, vai olhar com outros olhos aquelas multidões de pequenos crustáceos que você vê entre as marés nas suas pescarias nas pedras não é mesmo?
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