Exemplos de peixes de escama e peixes de couro Ainda sem avaliações.

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Conheça os principais peixes de escama e de couro do Brasil e entenda suas diferenças

A diversidade da fauna aquática brasileira é uma das maiores do mundo, e isso se reflete na quantidade de espécies de peixes presentes tanto em água doce quanto salgada. Entre as muitas formas de classificar os peixes, uma das mais relevantes é a divisão entre peixes de escama e peixes de couro. Essa distinção é fundamental não apenas do ponto de vista biológico, mas também cultural e gastronômico, influenciando práticas de pesca, preparo culinário e conservação.

Os peixes de escama são facilmente reconhecíveis pelas placas sobrepostas que recobrem seu corpo, formando uma camada protetora. Já os peixes de couro não possuem essas escamas visíveis, apresentando uma pele lisa, viscosa ou com pequenas estruturas sensoriais. Ambos os grupos estão amplamente distribuídos nos rios, lagos e mares do Brasil, fazendo parte do cotidiano de comunidades ribeirinhas, pescadores esportivos e da culinária nacional. Conhecer essas espécies é essencial para quem deseja explorar a riqueza da ictiofauna brasileira.


Diferenças entre peixes de escama e peixes de couro

A distinção entre peixes de escama e de couro está na estrutura externa do corpo. Os peixes de escama possuem escamas que funcionam como uma proteção mecânica e biológica. Essas escamas, em muitos casos, também desempenham papéis na natação eficiente e na defesa contra parasitas. Já os peixes de couro, que não apresentam escamas aparentes, têm uma pele rica em mucosas e estruturas sensoriais, que os ajudam a perceber variações na correnteza e em seu ambiente.

Os peixes de couro geralmente vivem em fundos de rios ou mares e têm hábitos noturnos ou detritívoros. São geralmente mais resistentes, com maior adaptabilidade a diferentes ambientes. Já os peixes de escama costumam ter colorações mais vivas e são mais variados em formas e tamanhos, além de terem maior valorização comercial, especialmente em criatórios.


Exemplos de peixes de escama de água doce no Brasil

O Brasil possui uma enorme quantidade de rios que abrigam peixes de escama amplamente conhecidos e consumidos. Alguns dos mais populares incluem:

Pacu: Nativo da Bacia do Paraguai, o pacu é muito valorizado na pesca esportiva e na culinária do Centro-Oeste. Seu corpo achatado e escamas grandes o tornam fácil de identificar.

Tilápia: Criada em larga escala em diversas regiões, é um dos peixes mais consumidos no país. Suas escamas são pequenas, e sua carne branca e macia é ideal para frituras e grelhados.

Tucunaré: Muito presente na Amazônia e no Sudeste, o tucunaré tem escamas pequenas e coloração vibrante. É famoso entre os pescadores esportivos pela sua força.

Matrinxã: Um peixe ágil, com carne firme e sabor marcante. Suas escamas são médias e bem visíveis. Muito comum no Norte e no Centro-Oeste.

Piau: Com várias subespécies, o piau é encontrado em rios de quase todo o país. Possui escamas bem definidas e é consumido frito, assado ou em caldeiradas.

Aracu: Muito comum no Norte e no Nordeste, o aracu é um peixe de escamas médias, com carne saborosa e ideal para pratos típicos da culinária amazônica.

Curimatã: Espécie popular no Nordeste e no Norte, tem escamas grandes e carne apreciada, usada principalmente em moquecas e pratos regionais.


Exemplos de peixes de escama de água salgada no Brasil

O litoral brasileiro abriga muitos peixes escamosos de grande valor comercial e gastronômico. Entre os principais estão:

Robalo: Considerado um dos peixes mais nobres do litoral, tem carne branca e escamas pequenas. Muito usado em pratos sofisticados.

Garoupa: De escamas grossas, vive em águas profundas e rochosas. Sua carne firme é bastante apreciada em moquecas e assados.

Pargo: Com escamas médias e coloração avermelhada, o pargo é muito consumido nas regiões Norte e Nordeste, especialmente em preparações ao forno.

Corvina: Popular em estuários e águas costeiras, a corvina possui escamas pequenas e carne de excelente qualidade, muito usada em moquecas.

Badejo: Peixe nobre, com escamas pequenas e carne muito procurada por seu sabor delicado. Vive em recifes e formações rochosas do litoral.

Sargo: Encontrado em águas tropicais e temperadas, o sargo é um peixe escamoso com carne firme, excelente para grelhar.

Cavala: Peixe migratório de escamas pequenas, muito valorizado na pesca esportiva. Possui carne escura, de sabor marcante.


Exemplos de peixes de couro de água doce no Brasil

Os peixes de couro são destaque nos rios brasileiros, principalmente na Amazônia, no Pantanal e nas bacias hidrográficas do Sudeste e Sul. Entre os mais conhecidos estão:

Pintado (Surubim): Um dos maiores peixes de couro do país, com carne branca e de ótima qualidade. É muito apreciado em caldeiradas e ensopados.

Jundiá: Espécie comum no Sul do Brasil, tem carne firme e saborosa. Muito usado em moquecas e pratos caseiros.

Mandim: Presente na região Norte, é um peixe de couro menor, mas muito consumido, principalmente por populações ribeirinhas.

Bagre: Encontra-se em diversas bacias hidrográficas do país. Apesar de suas espinhas, é muito utilizado em caldeiradas e moquecas.

Cachara: Semelhante ao pintado, mas com coloração mais marcada, é muito valorizado na pesca esportiva e culinária regional.

Jaú: Um dos maiores peixes de couro do Brasil, podendo ultrapassar 100 kg. Muito procurado por pescadores e bastante usado em pratos típicos.

Barbado: Presente na Bacia do São Francisco, o barbado é um peixe robusto e de couro, com carne firme ideal para frituras.


Exemplos de peixes de couro de água salgada no Brasil

Embora menos frequentes que em água doce, os peixes de couro marinhos também estão presentes na costa brasileira:

Peixe-sapo: Com aparência exótica, vive no fundo do mar. Sua carne é firme e utilizada em preparações específicas da culinária litorânea.

Bagre-marinho: Muito encontrado em estuários, é um peixe de couro que pode atingir bons tamanhos. Sua carne é usada em moquecas e cozidos.

Moréia (moreia): Embora não seja comumente consumida por todos, a moréia é um peixe de couro de carne apreciada em algumas comunidades costeiras, principalmente no Nordeste.

Enguia: Presente em áreas costeiras e estuarinas, a enguia é considerada peixe de couro e possui carne oleosa, consumida em pratos típicos regionais.

Niquim: Um peixe pequeno, mas de carne muito saborosa. Vive em regiões costeiras e é mais consumido em comunidades locais.


Conclusão

A rica biodiversidade brasileira permite uma ampla variedade de peixes, tanto de escama quanto de couro, habitando ambientes de água doce e salgada. Conhecer essas espécies é fundamental para valorizar as práticas sustentáveis de pesca, respeitar as especificidades regionais e fazer escolhas conscientes na hora do consumo.

Enquanto os peixes de escama são mais comuns em aquicultura e valorizados por sua textura e facilidade de preparo, os peixes de couro se destacam pela carne firme e versatilidade na cozinha. Em qualquer categoria, essas espécies representam não apenas um recurso alimentar, mas um verdadeiro patrimônio cultural brasileiro. Seja na beira do rio, na costa ou no prato, a presença dos peixes escamosos e de couro reforça a conexão entre natureza, tradição e alimentação.

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